Estamos vivendo numa época de muitos desafios existenciais, de modo que estamos adoecendo cada vez mais. É nítido observar ao nosso redor o quanto tem aumentado o número de pessoas diagnosticadas com depressão, síndrome do pânico, transtornos de ansiedade, etc. Porém, tratar da doença apenas com medicamentos não tem resolvido a vida da maioria das pessoas. Os sintomas até podem sumir ou diminuir por um tempo, mas logo voltam e, às vezes, com uma intensidade muito maior. “Por que isso tem acontecido?” talvez seja a pergunta de muitas pessoas que passaram por diversos tratamentos. A resposta é muito simples, apesar de ser difícil aceitá-la na maioria das vezes: ao tomar uma medicação, estamos apenas tratando o sintoma e não a verdadeira causa. Esta, muitas vezes, está tão escondida dentro de nós que já se tornou um verdadeiro emaranhado, dificultando o nosso processo de lidar com a vida de forma saudável.

 

Por que isso acontece? Porque a maioria de nós está vivendo de forma desconectada de nós mesmos. Já não sabemos quem somos e, na maioria das vezes, vivemos papéis e máscaras em busca de reconhecimento ou, então, nos escondendo das pessoas com medo de como elas possam nos ver. Não falamos sobre os nossos sentimentos mais profundos, escondemos as nossas tristezas, abafamos as nossas mágoas e raivas, mascaramos os nossos medos e inseguranças e assim vamos caminhando. O que não sabemos é que a falta da espontaneidade - aquela característica típica das crianças que fazem elas serem elas mesmas -  faz com que, cada vez mais, entremos num processo de desconexão e enrijecimento, de modo que o resultado acaba sendo o adoecimento. São tantas crenças construídas e emoções guardadas e reprimidas que elas precisam sair de algum modo e a doença, muitas vezes, é a forma do nosso organismo buscar um equilíbrio, mesmo que a gente não entenda o seu funcionamento. E, então, adoecemos ou, pior, não vemos mais sentido em nossas vidas.  

 

Dentro da Psicologia, existem muitas formas de compreender o homem e a psicoterapia. O Instituto Carl Rogers trabalha com a psicoterapia a partir do viés da Abordagem Centrada na Pessoa que buscar abrir possibilidade de olharmos para dentro de nós e descobrirmos quem verdadeiramente somos.  A partir de um espaço acolhedor e com um profissional disponível a nos ouvir sem julgamentos, qualificações e expectativas, podemos ampliar o nosso campo perceptivo – que, por todo esse processo vivido de distanciamento de nós mesmo, se encontra bastante limitado – e observar o que temos sustentado ao longo desses anos que nos impede de sermos nós mesmos. Liberando-nos de antigas amarras, podemos fazer escolhas mais conscientes.

 

Nesse sentido, podemos perceber a importância da Psicoterapia como um momento de encontro conosco mesmo e de compreender como estamos funcionando no mundo, de modo a buscarmos mais consciência para as nossas escolhas. O autoconhecimento deveria ser a nossa verdadeira busca ao adentrarmos num processo de psicoterapia, em vez de esperamos que a doença ou um conflito insustentável venha bater em nossa porta para buscarmos ajuda. Quando isso acontece, às vezes pode parecer difícil ou até impossível uma melhora, mas precisamos confiar que a pessoa melhor capacitada para compreender o significado de suas atitudes e tomar as decisões relacionadas ao rumo da sua própria vida, ainda é a própria pessoa.

 

Se você nunca passou por um processo psicoterapêutico ou sente que o mesmo poderia ajudá-lo, busque um profissional de confiança e comece agora mesmo um processo de ENCONTRO consigo mesmo.